A validação do mapeamento efetuado através de técnicas de segmentação e classificação de imagens de satélite, procurou estabelecer o nível de confiabilidade deste produto, freqüentemente utilizado como base para o desenvolvimento de outros trabalhos.
A validação do mapeamento realizado neste projeto foi efetuada através da amostragem estratificada aleatória (Genderen & Lock, 1977; Sader et al. 1995; Card, 1982). Uma primeira estratificação dos resultados ocorreu através da separação dos polígonos de acordo com a classe a que eles pertenciam. Uma segunda estratificação foi feita considerando-se três sub-classes para cada classe do mapa, de acordo com o tamanho dos polígonos.
A estratificação por tamanho seguiu o seguinte critério:
Considerando uma população de 400 indivíduos, uma amostra de 10% geraria uma população amostral de 40 indivíduos. Essa população amostral seria suficiente para que se pudesse estruturar quaisquer parâmetros estatísticos descritivos. Tendo em vista a dupla estratificação proposta (classe temática e tamanho do polígono), decidiu-se duplicar o efetivo da população amostral e controlar a heterogeneidade das sub-amostras obtidas. Foi definida portanto uma amostragem totalizando aproximadamente 20% dos polígonos existentes. Como o número de polígonos por sub-classe não é igual, foi realizado um sorteio para cada sub-classe, de forma a atingir aproximadamente 20% do total de cada uma delas, permitindo o tratamento posterior e a comparação dos resultados de forma equilibrada.
Sempre que a porcentagem do total de polígonos de uma sub-classe resultou em uma fração, esta foi arredondada para o número inteiro imediatamente superior.
Composição da amostragem realizada, em relação às classes e sub- classes definidas.
Classe |
Sub-Classe 1 ³ 30 ha |
Sub-Classe 2 ³ 10 e < 30 ha |
Sub-Classe 3 < 10 ha |
|||||||
A |
T |
% Área |
A |
T |
% Área |
A |
T |
% Área |
||
Áreas Densamente Urbanizadas |
2 |
2 |
100 |
2 |
9 |
20,6 |
3 |
12 |
20,1 |
|
Áreas em Urbanização TD> |
2 |
10 |
17,1 |
5 |
22 |
21,4 |
4 |
19 |
17,6 |
|
Matas |
2 |
10 |
15,8 |
8 |
38 |
23,3 |
10 |
43 |
23,5 |
|
Reflorestamentos de Eucalyptus sp. TD> |
2 |
9 |
17,1 |
3 |
13 |
32,9 |
4 |
19 |
21,2 |
|
Reflorestamentos de Pinus sp. |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
4 |
18 |
20,2 |
|
Pastos Limpos |
4 |
14 |
26,0 |
6 |
27 |
21,2 |
11 |
54 |
18,4 |
|
Pastos Sujos |
4 |
16 |
68,2 |
3 |
15 |
19,1 |
8 |
37 |
20,6 |
|
Corpos d\022água |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1 |
3 |
28,4 |
A - Número de polígonos amost rados
T - Total de polígonos da Sub-Classe
% Área - Porcentagem, da área total da Sub -Classe, amostrada no campo
Para a coleta de dados, foi estabelecida uma ficha de campo, contendo dados de identificação e localização do levantamento, dados sobre o meio físico, composição e estrutura da vegetação e grau de homogeneidade da cobertura do polígono. As coordenadas dos levantamentos foram obtidas com auxilio de um GPS, para assegurar a correspondência entre o polígono sorteado e o amostrado.
O tratamento das fichas permitiu ainda a detecção de certas tendências na incidência de erros do mapeamento, considerando combinações das categorias de uso e tamanho dos polígono.